México

🏦 CIDADES
Como o voo desce na Cidade do México, vale a pena conhecer essa metrópole. Pesquisando por cachoeiras, achei a região da Huasteca Potosina, no estado de San Luis Potosí, para visitar, hospedamo-nos na Ciudad Valles. Para curtir praia e mergulho, descemos em Cancun, mas preferimos ficar em Playa Del Carmen, pois é (um pouco) menos badalado e mais próximo de Chichen Itzá, Cozumel.

🔄 DINHEIRO, CÂMBIO, GASTOS
Em outubro de 2016:
1 dólar = R$3,31 = 18,33 pesos mexicanos
Mesmo considerando os valores atuais, o país não é caro. O câmbio na Cidade do México é melhor que em Cancun. No aeroporto, há várias casas de câmbio próximas uma da outra, vale a pena pesquisar os valores. Disseram que em Cancun seria tudo em dólar, mas não é assim. 
Média de gastos por dia em pesos mexicanos:
Alimentação $377
Lazer $480
Hospedagem $287 (cada uma das 12 noites)
Carro $473 (por dia com gasolina)

ATRAÇÕES
CIDADE DO MÉXICO - uma megalópole, uma das maiores cidades do mundo, o turismo é urbano: Museu de Antropologia (o maior do mundo), Castelo de Chapultepeq, saída de excursões para as pirâmides de Teotihuacan (80km, há várias agências e hostel que fazem ou fecham o passeio; estas não são as pirâmides das "7 Maravilhas", mas valem a pena).

🏠 HOSPEDAGEM
Cidade do México: o bairro que mais me indicaram é Condesa, perto de facilidades como metrô e comércios, restaurantes, parece nobre, foi tranquilo andar a noite. Ficamos no dormitório do hostel "Stayinn Barefoot Condesa", não valeu a pena porque havia uma balada no telhado, muito difícil dormir. A cama era confortável, o café da manhã era bem simples. Mas foi barato, $164 pesos por noite.

Ciudad Valles: a cidade é pequena e as atrações ficam afastadas (naturalmente, pois são cachoeiras). Ficamos no Hotel Riviera (Rua 5 de mayo 24-A zona Centro), meio antigo, mas com quartos amplos, silencioso, boa cama, bom chuveiro, café da manhã gostoso, próximo de restaurantes. A recepcionista, Angeles, nos ajudou muito com os passeios. $215 pesos mexicanos por noite por pessoa num quarto duplo.

Cancun: as praias não são privadas, mas os hóspedes dos resorts têm acesso privilegiado. Parece que para ficar perto da praia, precisa ficar em resort. Ficamos apenas uma noite, um all inclusive no Beachscape Kin ha Villas & Suites (Blvd. Kukulcan Km 8.5, Cancun, QROO, 77500), por $893 pesos mexicanos. Esse "all inclusive" foi meio enganação, pois existia o "all inclusive padrão" e o "all inclusive total". Havia um restaurante e algumas bebidas apenas para o "total"...

🚌 TRANSPORTE
A Cidade do México é uma das maiores cidades do mundo, o trânsito é congestionado como de outras metrópoles. Não alugamos carro lá. Andamos de Uber e um pouco de metrô. Do pouco que conheci, o metrô parece velho, mas atende bem. Para ir à pirâmide de Teotihuacan, fomos com a van do tour (tem várias agências).

Da Cidade do México para Ciudad Valles fomos e voltamos de ônibus, 8h o trajeto. Normal. Em Ciudad Valles, usamos táxi (dividindo por 4 fica barato) para ir às atrações ou o carro do próprio guia.

Da Cidade do México para Cancun fomos de avião. Em Cancun, alugamos carro para irmos a Playa Del Carmen e rodarmos por Tulum, ir até Chichen Itzá e outros.

🍝 ALIMENTAÇÃO
Quando pensamos em comida mexicana, lembramos de tacos, quesadillas, burritos, Doritos e os recheios como guacamole e frijolles. E é isso mesmo que tem aos montes em todas as refeições. Cuidado com as pimentas! Claro que também se encontra carne e frango. "Paleta mexicana" é coisa de brasileiro, lá a "paleta" é um picolé normal. Em geral, come-se bem e não é caro.

OBSERVAÇÕES, PERIGOS, PERCALÇOS
Em Playa Del Carmen, estacionamos o carro alugado numa rua na lateral de um hotel, não era ermo nem tarde da noite. Ao retornarmos, o carro havia sido arrombado e o banco do passageiro estava retorcido, procuraram coisas no porta malas, mas não havia nada para ser furtado. O seguro do carro foi importante. Fora isso, não senti insegurança em nenhum lugar.

Travessia dos Lençóis Maranhenses: Barreirinhas a Santo Amaro (4 dias)


🏦 CIDADE
A entrada para o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses pode ser por Barreirinhas ou Santo amaro da Imperatriz. É possível atravessá-lo começando em qualquer uma dessas cidades.

💸 DINHEIRO, CÂMBIO, GASTOS
O pagamento das hospedagens e alimentos nas paradas são pagas em dinheiro.

ATRAÇÕES
Muita areia, caminhada e piscinas naturais.

🏠 HOSPEDAGEM
Dentro do parque são simples, dorme-se em rede e energia elétrica é com gerador.

🍝 ALIMENTAÇÃO
Almoço e janta é nas hospedagens, comprar água também. Só precisa levar snacks como frutas secas, amendoim, amêndoas.

OBSERVAÇÕES, PERIGOS, PERCALÇOS
Há relatos de quem foi sozinho, por conta própria e deu tudo certo. Eu não recomendo.

📝 RELATO COMPLETO DA TRAVESSIA
  • Há 4 ônibus diários entre São Luís e Barreirinhas pela viação CISNE BRANCO, R$51, demora 5h (não procurei vans saindo do aeroporto direto pra Barreirinhas, mas existem).
  • Dizem que é melhor fazer a travessia no sentido Barreirinhas - Santo Amaro, por causa da posição do sol e do vento.
  • A estrada São Luís-Santo Amaro é relativamente nova, está boa e é mais perto que SLZ - Barreirinhas. Além disso, as lagoas de Santo Amaro são mais bonitas.
    • ATENÇÃO com a volta de Santo Amaro para São Luís, acho que não tem ônibus (se tiver, são raros) e dependemos do guia em achar uma van que ia pra lá. Geralmente, o último dia termina 12:30h e o transporte até São Luís demora 4h30min.
  • Grande parte da travessia é em areia firme e fria, então é melhor andar descalço ou com meia. Também tem inevitáveis passagens por lagoas menores, onde se molha, pelo menos, as pernas. Elas são boas para se refrescar (o tempo inteiro eu andei molhado ou úmido de propósito).
  • Melhor época: junho e julho (final da chuva), alguns dizem agosto e até setembro, mas nestes muitas lagoas já estão secas.
  • Preços: como junho e julho são os melhores meses, só diária do guia custa até R$250; hospedagem (café da manhã incluído), em redário, sai por R$35; jantar: R$30 a R$35; água de 2l: R$8. Converse com o guia para ver o que está incluído no preço dele (passeio pelo rio Preguiça, hospedagens e refeições, etc).
  • Cansar vai, mas com certeza vale a pena. Acredito que uns treinos de caminhada de 8km sejam suficientes para preparação.
  • Esta é a travessia mais tradicional do parque, mas tem outras de 6 até 10 dias!
  • Levar: poucas roupas (inclusive com proteção UV), meias, chapéu (nessa época, não precisa levar nada para frio, nem tênis), chinelo, protetor solar, água (pode ser comprada em cada parada),  snacks (frutas desidratadas, amendoim e castanhas), dinheiro em espécie, lanterna (não é essencial, não precisa na caminhada, mas ajuda nas hospedagens), coisas de higiene pessoal (sabonete, escova, pasta, repelente). É recomendável levar aquelas baterias portáteis, power bank, mas dá pra usar a eletricidade em algumas hospedagens.
  • Site do ICMBIO: https://www.icmbio.gov.br/parnalencoismaranhenses/guia-do-visitante.html
  • Resolvi não colocar muitas fotos (uma só para miniatura da postagem), pois tem tantas por aí... Mas é um lugar e uma travessia fantásticas!

Dia 28/jun - 1º dia: Pegamos um barco em Barreirinhas para fazer o passeio pelo rio Preguiça (R$80) por volta das 10h, o guia já nos acompanhava. O passeio é tranquilo, para em Mandacaru, onde tem um farol, também para em Caburé onde tem dunas e uma lagoa. Termina em Atins, banhamos em uma praia. Depois, final de tarde, caminhamos até Canto de Atins, cerca de 3,5h em ritmo tranquilo, sem paradas para banhos, o GPS marcou 12km de caminhada durante o dia todo (pareceu bem menos). Em Canto de Atins, tem dois restaurantes/pousada: do seu Antônio e da dona Luzia. A dona Luzia foi pioneira e é mais famosa, mas o guia disse que a fama subiu-lhe a cabeça, ficamos no seu Antônio. O camarão na chapa é o prato chefe de ambos, não é barato (com refri e água, saiu R$50 cada um o jantar), mas realmente estava muito gostoso. Dormimos em rede (R$35), local coberto com palha, com luz, mas sem paredes, até às 2:30h da manhã.


Dia 29/jun - 2º dia: Prometia ser o mais pesado, cerca de 17km até Baixa Grande (o quarto dia que foi o mais cansativo). Começamos a travessia por volta das 3:15h, depois de um bom café da manhã, caminhamos sob a lua cheia iluminando tudo e temperatura amena. Andamos pela praia um bom tempo, cerca de 4h (com direito a cochilada no caminho) até chegar às dunas. Valeu a pena? Sempre, no entanto, tem gente que faz este trajeto de carro e isto economiza umas boas horas. Nas dunas, subida, descida, banho em algumas lagoas. Terminamos em Baixa Grande às 12:10h. Cansei muito! O GPS marcou, durante todo o dia, uns 27km. Eu digo "durante todo o dia", porque ainda caminhávamos pelos arredores do local da hospedagem para conhecer lagoas, rios, ver o pôr-do-sol. Baixa grande é um vilarejo no meio do deserto, mas com construção de alvenaria e vegetação por perto. Almoçamos galinha caipira por R$35 (preço padrão e não é você que escolhe o que comer). Descansamos e, à tarde, fomos para uma lagoa e ver o pôr-do-sol. Dormimos, como sempre, em rede (R$35 preço padrão), sem iluminação, mas coberto com palha e "paredes". O dia seguinte seria mais tranquilo.


 Dia 30/jun - 3º dia: Este terceiro dia foi tranquilo, acordamos por volta das 4:30h para sairmos às 5h, após café da manhã simples (tapioca e ovo). Caminhamos devagar, parando bastante em lagoas e terminamos antes do meio-dia em Queimada dos Britos, o GPS indicou 15km. Eu comecei a usar meia, pois vi que estava começando a formar bolha no meu pé. Almoço (R$35) era peixe (estava salgado), teve salada (artigo raro) e até sobremesa. Lagoas, pôr-do-sol, jantar e dormir cedo, porque não tem muito que fazer a noite.


 Dia 1º/jul - 4º dia: De novo, acordamos umas 2:15h, tomamos café e saímos para caminhar às 3h e alguma coisa. Só terminamos à 12:30h, exaustos, em Santo Amaro. Foi o dia mais longo e mais cansativo, cerca de 28km. Neste dia, mais uma vez, é possível pegar um transporte em Vassouras, economizando assim, uns 10km. Pergunta se pegamos? Não. Faltando uns 8km (talvez 6km), o guia novamente perguntou se queríamos pedir um carro e pagar R$50 cada um. Pegamos o carro? Claro que não, só faltavam 8km... As lagoas perto de Santo Amaro são bem mais bonitas que as de Barreirinhas e, acredito eu, o turismo em Santo Amaro irá aumentar com a boa estrada até são Luís (só falta transporte).

(viagem realizada em julho/2018; @leandro.zaha)